quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Mosca na parede

Por que esperas? Onde vais?
Não te esmeras? Já não sais?
És a mosca na parede, na parede do meu quarto.
Zelas na noite mais escura um sonho de sombras farto.
És a mosca na parede, ponto negro em alvo manto,
pesadelo em quarto escuro, triste razão do meu pranto.

Não te mexes? Já não voas?
Essas asas não são tuas?
És a mosca na minha alma, no canto do meu sentir.
Sinto de olhos fechados a tua vontade de zumbir.
És a mosca sem ser mosca, vives quando os olhos fecho,
morres quando eu ganho asas e faço meu o teu ensejo.

2 comentários:

Davi Reis disse...

Tem música dentro, tem...

;)

JPT disse...

e, se for tua, é uma honra.