sábado, 15 de dezembro de 2007

Amor distante

Não me ligues hoje.
Deixa-me morrer nesta incerteza,
e enquanto alimento esta tristeza
peço-te com carinho
que não me ligues hoje.

Não me ligues hoje.
Deixa que as horas passem por nós,
deixa que o dia nos ensine a estar sós...
quero estar sozinho,
não me ligues hoje.

Ama-me de longe,
de onde não te cheire nem te possa ver,
onde apagues a chama que em mim quer nascer
pra te amar ao perto...
Ama-me de longe.

Ama-me de longe,
sem me amares a sério, sem viveres em mim.
Não quero um início - dá-nos já um fim
pra este amor incerto.
Ama-me de longe.


7 comentários:

Davi Reis disse...

Meu Irmão,

vou juntar ao "Peões de Gigantes". Duas em lista de espera. Hei-de lá chegar. Não me pareceu muito difícil de musicar, à excepção de uma ou outra frase mais longas.

:)

Hás-de ouvi-las com banda sonora. É um prazer que tenho e um prazer que dou. E assim é que vale a pena.

:)

Aquele abraço

Anónimo disse...

bom poema :)

JPT disse...

Obrigado a ambos.
;-)

Sandro disse...

...
não te habitues à distância...
não quero que estranhes depois o toque, o cheiro do meu perfume, o beijo...
não te deixes levar pelo espaço entre nós, pela ausência de um início...
ama-me de longe...
não te habitues à distância...
...

JPT disse...

Sandro, uma honra ter-re a postar no meu Blog. Ainda mais com respostas destas.

um abraço

Anónimo disse...

Entendo a tua perspectiva .. já mo disseste!
Insisto, amar de longe é incompleto, mesmo que traga e tenha em si uma beleza peculiar.
E como diz uma amiga comum .. "nem tu acreditas nisso!"
Bjo e parabéns pela forma sedutora com que escreves.

JPT disse...

Muito obrigado, SSun. Quanto a isso, bastar-me-à dizer:

Amar de longe, amar distante,
um amor doce, amor gigante
que de Platão pede emprestado
um triste fado - não ser amado.

o amor platónico é bonito na mesma. Distante por necessidade, por vezes, mas bonito.