sábado, 16 de junho de 2007

Donas da noite

As noites são das corujas
nas sombras, de olhos gigantes
contam histórias de almas sujas,
sem destino, são errantes.

Zelam por mortos, talvez,
dos vivos guardam segredos.
Se os homens são marés
morre água nestes rochedos...

Entoam parca melodia
naquele muro - em todo o lado
donas da noite sombria,
elas escrevem o nosso fado.

4 comentários:

Davi Reis disse...

Do Lado Proibido do Muro (Impromptu)

Silêncios e dores,
negros como a noite,
destoam tambores
nos átrios antigos.

Um canta cantigas,
outros caem perdidos,
e, na calçada, raparigas
despidas em corpos vendidos.

Um dá um açoite
na síncope amante;
outro expia do peito
a doçura do sangue.

As noites são negras
mas rebrilham no escuro
todas as contra-regras
do lado proibido do muro.

Ricardo disse...

sejam benvindos ás lides... é bom ter-vos de volta á escrita!
Abração

Davi Reis disse...

Mano,

pensando bem, ainda publico este improviso lá no meu sítio um destes dias... E a culpa será tua, mais uma vez. Sobre a questão das gravações, estás convidado a vir assistir a uma sessão daqui por duas ou três semanas. A coisa leva o seu tempo... Depressa e bem, não há quem.

Aquele abraço grande

JPT disse...

Ois

publica se quiseres. estás à vontade.
aquele abraço

T