segunda-feira, 3 de setembro de 2007

onde o tempo dorme



onde o tempo dorme, descansam os meus olhos,
em mares de feno, dourados, aos molhos
se agitam ao vento, dançando a seu gosto,
doces como o vinho, simples como o mosto.

em tardes dormidas, quando o tempo pára
curam-se as feridas - só o tempo as sara
é esta paisagem cedida por Deus,
vê Deus nesta imagem, no feno, nos céus.

roubo tempo ao tempo, só neste lugar
de dançar tão lento, neste feno o meu mar
no tecto no mundo, ao entardecer
em sono profundo deixo o tempo morrer...


foto da região de Arouca - entre Fragoselas e Silveiras

4 comentários:

Anónimo disse...

mto bem... andas muito inspirado estou a ver :)

Davi Reis disse...

A inspiração do poeta não me surpreende, mas alegra-me e inspira-me também. Não me surpreende simplesmente porque sei o que a casa gasta... Agora a foto, que creio ser também do poeta, já me surpreende... Deveras... Que poema! Que foto, T!

Aquele abraço

JPT disse...

Sim, é minha. é o melhor exemplo de que a luz faz toda a diferença. tirar fotos a céus azuis é simples, mas esperar pela luz certa ao entardecer envolve paciência. mas vale a pena, accho eu.

abraço

Davi Reis disse...

:)